sexta-feira, 16 de julho de 2010

Depressão: Doença ou demônio?


Em muitos lares cristãos já é normal escutarmos alguém falar que está "deprimido".
Este termo é usado quando alguém passou por problemas que foram acumulando com o passar do tempo, sem buscar uma solução para tais, ou sentimentos que ocasionaram da perda de um ente querido, do enfrentamento de determinada dificuldade, ou de uma insatisfação momentânea qualquer, sendo que em alguns casos não tendo um motivo aparente. Por outro lado pode ser também facilmente diagnosticada.
A depressão também incorpora aspectos físicos e psicológicos em suas mais diferentes manifestações.
Popularmente a depressão indica um estado de espírito em que a pessoa esta desmotivada, desolada, desgostosa, desiludida...
Hoje, se entrarmos num consultório seja ele de qual especialidade for é grande a porcentagem de cristãos que o procuram. Muitos vão ainda mais além, pois se não conseguem a cura na medicina convencional, procuram a tal falada "medicina alternativa", onde estão qualificadas, as homeopatias, acumputura, tratamento através das pedras, cores e etcs.
Tomam-se pílulas para tantos sintomas; mas quando a doença é diagnosticada como "depressão", muitos cristãos já a qualificam como "coisa do inimigo, ou diz-se que só expulsando o demônio". Se Expulsa tantos "demônios" que esquecem de buscar soluções para a raiz do problema.
Muitos vão mais além, achando por que a pessoa sente-se tétrica, angustiada, é por que não confessou o pecado que está escondido.
Sabemos que é difícil encarar os problemas que nos assolam, sendo mais cômodo tratar a enfermidade de um modo paliativo do que procurar entender qual o motivo que resultou a depressão e o que pode ser feito para sanar a questão.
Para se afirmar que a pessoa "está endemoniada" temos que analisar se ela passou por algumas destas fases:

* Angustia - momentos de angustia, aflição, agonia. Pode ser diagnosticada como "tal" e tratada, mesmo sem saber o motivo aparente.



* Depressão - estada de desencorajamento, devido a angustia. Falta de interesse que sobrevém após perdas, decepções, fracassos, estresse físico e/ou psíquico no momento em que a pessoa toma consciência do sofrimento ou da solidão em que se encontra.


É imprescindível que seja tratada para que não entre em:

* Opressão

ato ou efeito de oprimir, estado, condição de quem se encontra oprimido, sensação desagradável de falta de ar, de sufocamento, de abafamento (por problemas físicos, psicológicos, morais e/ou espirituais). Sujeição imposta pela força ou autoridade, tirania, jugo. O indivíduo passa a ter um novo conceito da vida, na maioria dos casos perde a motivação, tendo pensamentos quase que diariamente em suicídio, disforia depressiva e condutas que nos levam a crer que satanás esta o oprimindo, fazendo carregar um jugo que não lhe pertence.


* Possessão

ato ou efeito de possuir ou de ser possuído, ato ou efeito de ter (algo) para si, de dispor de (qualquer coisa) e dela poder tirar proveito e prazer; posse, ato ou efeito de ter ou de tomar algo sob controle; posse, algo que se possui, ocupa ou controla a coisa possuída, assunção de ou manifestação (de um ser espiritual) no corpo de uma pessoa, condição ou estado de quem se sente habitado e manejado por um ente sobrenatural.

Quando a pessoa está possessa então podemos dizer que somente o jejum e a oração poderão libertá-la. Podemos ver um caso similar no Evangelho Segundo S. Marcos onde Jesus ora por um menino que está lunático e seus discípulos lhe perguntam porque não conseguiram expulsar aquele demônio, e Jesus lhes responde que somente com jejum e oração. O demônio é expulso, porém a raiz do problema ainda continua, e se não for tratada, novamente a pessoa ficará possesso.
Sabemos que satanás lança setas em direção a nós, porém aquele que tiver raiz de amargura em seu coração, que não se esforça em perdoar e nem em pedir perdão tem a maior probabilidade em entrar em depressão, sendo assim é necessário pedirmos para que Deus nos dê graça para não guardarmos sentimentos que venham a ser impedimento para que nosso Senhor possa trabalhar em nossas vidas, e para que isso não seja um motivo para que satanás venha a querer nos tirar da presença de Deus e ser a razão da nossa derrota.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso, o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não buscam os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.
Apartir do momento que liberamos o perdão, o amor de Deus começa a encher nossos corações, e ao invés de tristeza e choro; serão lágrimas de jubilo e ao invés de melancolia, teremos alegria. "E Deus tirará o nosso coração de pedra e nos dará um coração de carne e colocará em nós um Espírito Novo".
Se fizermos uma visita em um hospital psiquiátrico veremos pessoas que se tivessem sido tratadas adequadamente não precisariam estar internadas nestes hospitais.
Doravante sabemos que muitas famílias preferem tomar atitudes mais cômodas, dando medicamentos, muitas das vezes sem conduta médica e esquecendo-se que no nome de "Jesus" o diabo tem que sair. Ou então culpam o "pastor" achando que ele tem que "dar um jeito" de curar a pessoa de qualquer maneira.
Esquece-se que Deus o levantou primeiro como sacerdote, alguém que prega a libertação da alma, que é a salvação, depois como alguém que recebeu poder para curar em nome de Jesus, como está registrado no Evangelho Segundo S. Marcos, cap.16.18 parte b "e porão a mão sobre os enfermos e os curarão".
Não estou dizendo que não devemos procurar a medicina; todavia é necessário entendermos o que é designado aos médicos e o que é de responsabilidade somente de Deus.

Aqui estão alguns sintomas mais comuns que se caracteriza a depressão:

* Tristeza repentina - Tristeza sem saber o porque. Sem motivo para tal.
* Insônia ou hipersonia - perda repentina do sono ou um excesso de sono, como que se precisasse fugir de alguma coisa.
* Alterações do apetite - Tanto à perda como a impulsão de apetite são sintomas de depressão, caracterizando para a gula um preenchimento de um vazio.
* Fuga diante de decisões - Necessidade de fugir diante de situações que podem gerar ansiedade.
* Sentimento de desvalor - o que você acha de você mesma: de suas atitudes, do seu físico, seu comportamento diante das outras pessoas?
* Frustrações emocionais - Você tem sentido uma sensação de fracasso,de perda em seus relacionamentos afetivos?
* Relacionamentos familiares - Como você se relaciona com seus familiares, e o que você pensa a respeito da sua família? A depressão também pode ser resultado de um conflito familiar não resolvido.


Para diagnosticar a "depressão" não é necessário que ela venha acompanhada de todos estes sintomas, basta um destes para que possa ser analisada e diagnosticada.

Existem outros sintomas que se caracterizados com freqüência poderão ser analisados como sintomas depressivos, tais como:

* Humor deprimido durante a maior parte do dia
* Perda do interesse ou do prazer pelas atividades, relações sexuais etc.
* Perda ou ganho significativo de peso,
* Agitação ou retardo psicossomotor
* Fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva.
* Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar,
* Pensamentos de que melhor seria morrer ou ideação (idéia) suicida quase todos os dias.
* Alopecia (queda de cabelo e pêlos)
* Perda da vontade de cuidar da higiene do corpo (banho) e do cabelo.


Se você deseja superar a tristeza e a ansiedade, precisa antes de tudo conhecer melhor a si mesma e buscar em Deus soluções para seus problemas, entregando sua vida a ele e crendo que o Senhor fará o melhor por você.
Se você se enquadra em alguns destes itens, saiba que as Escrituras Sagradas nos revelam que alguns personagens Bíblicos também tiveram momentos de angustias e depressões, todavia mediante o Espírito Santo de Deus, tiveram êxito e conseguiram cumprir com a missão que Deus os havia designado.
A Bíblia nos revela a história de um homem escolhido por Deus para ser profeta, e que tinha comunhão com o Senhor, e tudo quanto ele preconizava, Deus o justificava.
Elias era seu nome; enfrentou reis, ressuscitou pessoas, enfrentou de uma só vez quatrocentos e cinqüenta homens que adoravam a deuses pagãos; tinha autoridade de Deus sobre a natureza, pois quando falou que viria uma grande seca sobre aquela região, por três anos e seis meses não houve chuva, porém quando Elias orou á Deus para que chovesse o Senhor o escutou e respondeu sua oração enviando chuva sobre aquele lugar. Todavia quando uma mulher o desafiou, podemos analisar no capítulo 19 no livro em primeira Reis, que Elias foi até um determinado lugar com o moço que o acompanhava, porém seguiu ao deserto só.
Aquela afronta foi à gota d'água para que o profeta se entregasse à depressão. E no deserto pediu a morte a Deus.
Vejamos: geralmente quando a pessoa entra em depressão ela prefere ficar só, perde a motivação e tudo passa a não ter mais sentido, até mesmo a vida, que foi o caso do profeta Elias; inclusive o fato dele deitar-se e dormir em meio aquele grande problema que o estava assolando, seria este um dos sintomas da depressão, sendo o sono como uma fuga diante da decisão que ele teria que tomar.
No entanto Deus como nunca desampara seus filhos, envia socorro à Elias com uma botija de água e um pão cozido, alimentando-o fisicamente e espiritualmente, pois a água e o pão simbolizam Jesus como palavra viva, como diz a Escritura:


"Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede" (Jo 6;35).


Creia que contigo não será diferente, porquanto o Senhor teu Deus é misericordioso, e não te desamparará, nem te destruirá, nem se esquecerá da promessa que fez; de abençoar até a quarta geração dos que os amam e guardam os seus mandamentos.
Neemias também passou por momentos de profunda angústia ao saber que a cidade onde estava o sepulcro de seus pais, que era Jerusalém, estava desolada, pois seus muros haviam sido derribados, suas portas queimadas, e os judeus que haviam ficado estavam em grande miséria e desprezo.
Podemos ler que Neemias já sabia que não poucos judeus tinham sido levados para o exílio e que alguns haviam escapado, porém não sabia da situação que se encontrava este povo e nem de como Jerusalém estava.
Creio que antes da noticia ele já estava angustiado, pois estando longe de Jerusalém pouco poderia fazer pelos judeus e também receava em demonstrar seus sentimentos, temendo pelo seu cargo no palácio. Porém quando ficou sabendo de toda a situação de Jerusalém e do povo, diz a Bíblia que Neemias assentou-se, chorou e lamentou-se por alguns dias. A noticia o abalou, porém não o derrotou e nem o fez desanimar de lutar pelo seu ideal.
Neemias temia pelo povo, que sem proteção dos muros e sem compromisso com as leis divinas poderia ser açambarcado pelas nações vizinhas.
É interessante ressaltarmos que ele chorou e lamentou-se por alguns dias, e não pelo resto de sua vida. Ao invés de murmuração e ódio de seus inimigos pelo que tinham feito ao seu povo, Neemias buscou a Deus jejuando e orando e pedindo perdão pelos seus pecados e de seu povo.
Ele teve momentos de depressão, porém sabia que não poderia ficar para sempre sentado lamentando-se; era necessário levantar e agir.
Existem momentos em nossa vida em que nos sentimos sós, parece que tudo está perdido e não há mais solução para nosso problema, e o que nos resta é sentar e chorar pelo resto de nossas vidas. No entanto devemos tomar como exemplo a conduta que Neemias teve buscando respostas e equilíbrio em Deus através da oração e do jejum.
Temos que nos conscientizar que há o momento de sentar e chorar, mas também há o momento em que devemos nos colocar em pé e continuar caminhando. E jamais nos esquecermos de sempre estarmos pedindo perdão á Deus pelos nossos pecados e pelos de nossos familiares, pois somente assim conseguiremos seguir em frente e sermos vencedores como o foi Neemias.
Poderíamos citar muitos outros homens e mulheres da Bíblia que passaram por momentos de profunda angústia; como Jó, Noemi, Ana, Saul, Davi, Jeremias, Jonas, Pedro, Judas Iscariotes, o apostolo Paulo, Sansão e o próprio Jesus também tiveram momentos de angustias, e muitos outros que citarei em um próximo artigo.
Porém aqueles que buscaram em Deus tiveram vitória!
Quando lhe sobrevier alguma tristeza, mesmo em que você não ache o motivo, busque em Deus, louve, ainda que com lágrimas nos olhos e o coração apertado; ore; jejue, e você verá como a tristeza passará e seu coração se alegrará, pois somente Jesus tem o poder de mudar o curso da sua vida.

Lascívia na Igreja


O pecado de lascívia é algo que no momento atual da igreja tem passado por despercebido , mas afinal o que é o ato em si?
A lascívia é um pecado meio .... transparente, apertado, curto, mostrado, olhado, chamado a atenção de pessoas que não são libertas dentro de templos (igrejas) ou qualquer local.
Parece que não faz mal mas é um abismo terrível para nossas vidas, estamos vivendo dias em que satanás tem se infiltrado em algumas mentes fracas, que não vigiam e dão lugar mesmo ao inimigo de nossa alma, a verdade é essa.
Vamos começar pela parte que mais tem afetado, os irmãos.
Há um desfile de moda em várias igrejas por aí, chega no domingo é salto alto pra lá, desfile de saías novas bem justinhas, blusas mostrando degotes de seios firmes, para chamar a atenção mesmo, olhares para todos os lados da igreja, reparando se tem alguém novo ou se não vê um irmão bonitinho....
E poucos dobram seus joelhos para orarem quando chegam na igreja, a maioria ficam zanzando, para todos os lados.
Eu me a trevo a perguntar para você irmã solteira e casada, quantas vezes você reparou em um rapaz, ou passou perto e deu uma olhadinha que fêz ele tremer? Teve vezes que você até roçou seu corpo no dele, ou vice e versa, sentiu o calor do seu corpo?
Qual o jogo de sedução você tem feito na igreja? E no seu trabalho idem, não foge da regra quem faz na igreja, no trabalho é pior.
Conheço casos de casais que, na intimidade de seu lar, fantasiam estar com outra pessoa. É chato tocar neste assunto mas preciso, tem casais fazendo fetiche na sua cama. Geralmente os dois sabem quem eles estão imaginando até falam um para o outro, digo isso porque sei de casos pois já escutei de pessoas aflitas pois tinham, quase destruído seu casamento com essa brincadeira em seus leitos. Isso é muito sério mas ocorre.
Por que usar uma roupa que vai perturbar o seu irmão ou você gosta de perturbar os homens? Tem muitos que não são libertos ainda.
Isso é pecado de lascívia, provocar o outro fazer o próximo ti desejar.

Qual o teu caso?
Não tem mais vontade com seu marido ou esposa? Não será isso um claro sinal de que você está longe da vontade de Deus ou isso não é mais importante para você. As coisas espirituais são do passado, hoje vê as novelas que tem sexo, adultério, traição, tem também o big brother, ver tudo e muito mais.
Eu nem vou colocar versículo bíblico aqui pois é muito claro mas procure em eclesiaste cap. 6 e 7, leia com atenção tudo que ali está relatado.
Se há um desejo inconntrolável em seu coração de pecar corra ... fuja ... deste que causa este desejo em teu coração.
O pecado da provocação é a porta de entrada para outros que te levaram a perdição espiritual.

Tem irmãs(Os) que gostam do jogo da sedução, mas e o preço?
Tem mulheres casadas que seduzem jovens, para eles se masturbarem em casa, usadas pelo diado. Já vi irmãs sentadas no coral que abriam as pernas mostrando as calcinhas para provocarem os homens.
Quero dizer que somos homens e as mulheres atraem os homens, somente com muita oração para nós livrar deste terrível engano de satanás.
Quantos irmãos preso no pecado da masturbação e não conseguem largar, são casados tem filhos mas continuam a se masturbar, há uma razão para isto.
A masturbação começa aos poucos depois vai aumentando até, não satisfazer mais e começa a ver filmes pôrnos, revistas, até que sai de carro e toma umas cervejas, e pega uma prostituta, primeiro para fazer sexo oral pois o diabo diz que sexo oral não é sexo ... e aí vai, mas tudo começou dentro do templo onde foi adorar ao Senhor.
Mulheres e homens brincam com algo que deixa cicatrizes profundas.
Nunca mais tu serás o mesmo, não pense que hoje vai pecar um pouco e depois volta e fica tudo bem ,engana-se que pensa desta forma.
Vai demorar para restabelecer teu ministério, não pense que é fácil ... pare com isso agora mesmo enquanto tu lê este estudo.
Não é só as irmãs que provocam, os irmãos também, se vestem bem colocam perfumes caros, chegam na igreja com seus carrões, para chamar atenção etc... Tudo isso gera morte espiritual.
Por isso vemos hoje na igreja, tanto marasmo pessoas que entram doentes saem doentes, entram com conflitos de almas saem piores.
Líderes usem o cajado, para levar suas ovelhas para o aprisco. Mensagens de sabedoria humana e nada mais, adulam o pecado nos púlpitos.
A única solução é ver onde tens errado, procurar com Jesus esquecer o que tem te levado a se perder, negar-se a si mesmo, orar e fazer o que você acha que ninguém vai fazer na igreja, seja humilde, procure irmãos que tem uma vida de oração e jejum, procure estar sempre que puder em cultos de libertação, mas importante é VOCÊ QUERER largar todo esse lixo pornôgrafico de sua vida.
Quantos tem tv a cabo pirata e com tv sexo aberta dentro de sua casa e na calada da noite, os dois vêm juntos os filmes de sujeira diabólicos.
Larga isso!
Quer fazer parte do povo que vai subir para o céu?
Santifique-se mais ainda, ou suje-se mais ainda.
Deus vem buscar uma igreja ou um povo zeloso e de boas obras, peça libertação se esse for seu caso.
Leia a palavra de Deus e tenho certeza que sua vida vai mudar.

Desejo felicidade a todos e paz de Jesus e graça.

Aprendendo com Lúcifer


Talvez você tenha lido o título deste estudo e se perguntado: "o que eu tenho de aprender com lúcifer?". Antes que você me critique por este título, eu gostaria de lhe explicar. Nós aprendemos por exemplos a serem seguidos e por exemplos a não serem seguidos. Este é nosso intuito neste capítulo. O profeta Isaías inspirado pelo Espírito Santo, fala a respeito da presunção e queda de lúcifer:


"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado será ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que te virem e contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir soltos para a casa deles?" Isaías 14: 12-17.


Basicamente, existem duas maneiras do diabo querer destruir um cristão.
A primeira todos conhecem e todos se previnem contra ela: o diabo vai querer lhe parar. Sejam com lutas, problemas, dificuldades, adversidades, aflições, o diabo vai querer lhe parar. Entretanto, veja o que a Palavra de Deus diz ao seu respeito e eu profetizo na sua vida estes textos:


"Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas." Salmo 34: 19


"Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus. Uns se encurvam e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé." Salmo 20: 7,8


"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo e te sustento com a destra da minha justiça. Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritaram contra ti; tornar-se-ão nada; e os que contenderem contigo perecerão. Buscá-lo-ás, mas não os acharás; e os que pelejarem contigo tornar-se-ão nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas que eu te ajudo." Isaías 41: 10-13


"Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas. Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação." Habacuque 3: 17,18


"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper de manhã. As nações se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações têm feito na terra! Ele faz cessar as guerras até o fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio." Salmo 46


Aleluia! Glória a Deus porque maior é o que está em nós do que o que está no mundo (I João 4: 4).
Amado, ainda que inferno inteiro se levante contra a tua vida, ele não pode lhe tocar (I João 5: 18). E se tocar será unicamente por permissão de Deus. Isso não é maravilhoso? Nada pode parar a obra de Deus sobre a sua vida, a não ser que você a deixe. Se tão somente você mantiver intacta a sua aliança com Deus, ninguém pode te tocar. Somente o Diabo o fará se você der brechas.Mas existe uma segunda forma do diabo destruir um cristão. Este modo é muito mais eficaz e sutil. Em conseqüência têm destruído muitos cristãos; principalmente líderes consagrados que outrora foram grandemente usados por Deus. O diabo vai querer lhe acelerar. Geralmente depois de uma pregação inspirada, de um louvor arrebatador ou de uma oração eficaz, sempre nos vem à mente uma voz dizendo: "Como você prega bem. Quando você prega as pessoas sentem a presença de Deus. Quando você prega, vidas são salvas". "Quando você louva, parece que são os anjos cantando"; "Quando você ora, as pessoas são curadas, libertas e o Senhor responde". "Como você faz esse trabalho bem! Aposto que ninguém consegue fazer isso como você. Você é insubstituível." Não é isso que sempre acontece amado? Não é verdade que sempre vem essa voizinha à nossa mente?
João Bunyan, um dos maiores pregadores de todos os tempos, conhecia bem esta artimanha de satanás. Certa ocasião, ao término de uma pregação, um dos ouvintes dirigindo-se a ele disse-lhe que pregara um bom sermão. Ao que Bunyan respondeu: "Não precisa dizer-me isso, o diabo já cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da tribuna." Quando assumimos estes pensamentos estamos totalmente destruídos. Porque a Palavra nos diz: "Porque sem mim nada podeis fazer." João 15:5b Sem a unção do Espírito Santo sobre as nossas vidas nós não podemos fazer nada! Se pregamos, e as pessoas se convertem, se transformam e se libertam, é porque foi o Espírito Santo e não nós quem convenceu o homem do pecado, da justiça e do juízo. E, se oramos e os demônios são expulsos, as pessoas são libertas e Deus responde, é tão somente porque oramos no nome do Senhor Jesus.
Conta-se que um renomado pregador foi convidado para ir a uma igreja simples a fim de pregar. Então, ele confiando em si mesmo, não preparou o sermão, não orou por si mesmo e pelo culto e não buscou a presença de Deus. Tão somente confiou em si mesmo e na sua enorme capacidade. Chegando à Igreja, foi apresentado com toda a pompa possível e subiu ao púlpito com todas as honrarias que lhe eram devidas. Quando abriu a Bíblia para ler o texto base, o Espírito lhe falou: "Você está sozinho". Mesmo assim ele começou a pregar e apesar da sua eloqüência e experiência como pregador, sua mensagem não tocou o coração dos ouvintes e ao sair do púlpito, abaixou a sua cabeça em sinal de vergonha e pesar. Ao se dirigir para a porta do templo para cumprimentar os membros, uma senhora muito humilde e com a idade já bastante avançada lhe dirigiu as seguintes palavras: "Pastor, se o senhor tivesse subido ao púlpito da forma que desceu, desceria da forma que subiu". Esta é a grande questão: a humildade.
O diabo sabe como induzir o homem à soberba, à presunção, porque ele mesmo caiu nesse erro. Esta estratégia é muito eficaz porque vai de encontro ao mais íntimo do ser humano, que necessita desesperadamente de reconhecimento, de afirmação, de aplausos.Pare por um instante: a quem você dá crédito pelo que está acontecendo na e através da sua vida? O que você pensa a esse respeito? Quem faz a obra? Deus ou a sua grande capacidade natural? Sempre vemos muitas pessoas começarem tão bem uma carreira e, no entanto, acham que são elas que fazem a obra e não Deus.
Lembra-se do pregador da ilustração acima? Pois bem, o Espírito Santo deixa pessoas sozinhas na hora de realizar algo com mais freqüência do que se pode imaginar. Por quê? Por que Deus não quer realizar a sua obra? É claro que Deus quer realizar a sua obra. Mas é porque Deus corrige a quem recebe por filho.Toda a árvore precisa ser podada para que esteja dando cada vez mais frutos. Assim também somos nós. Devemos continuamente ser podados por Deus. Se você pensa que o orgulho nunca vai lhe alcançar ou que você é muito humilde, você está a um passo de ser pego por ele, porque uma pessoa verdadeiramente humilde reconhece as suas fraquezas e as coloca diante de Deus, não escondendo-as e vivendo como se elas não existissem. Talvez você esteja pensando nesse momento: "Eu nunca disse que eu sou melhor que ninguém, ou que eu prego melhor, que eu louvo melhor, que eu oro melhor, etc".
Eu lhe pergunto: e quem disse que lúcifer também falou alguma coisa? Isaías 14:13 diz "E tu dizias no teu coração". Lúcifer não pronunciou palavra alguma, mas Deus que conhece os corações sabia qual era a verdadeira intenção de lúcifer. Devemos estar extremamente atentos com aquilo que vai ao nosso coração.


"Ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe." Salmo 138: 6


Devemos destacar o contraste entre as atitudes de Jesus, João Batista e lúcifer. Os dois primeiros escolheram se humilhar e depois foram exaltados por Deus, ao passo que o terceiro escolheu se exaltar e foi extremamente humilhado por Deus. Qual atitude você vai tomar querido? A de Jesus e João ou a de lúcifer? Lembre-se das conseqüências.

Convertido ou convencido!


Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. Salmo 51:12-13.


Certa ocasião uma pessoa me indagou: Será que somos hoje uma igreja de convertidos ou de convencidos? Não é fácil identificar formalmente o convertido do convencido. Há uma grande dificuldade em perceber o perfil correto de um convertido, em face, muitas vezes, da conduta exemplar do convencido. Com freqüência enfrentamos uma séria barreira na compreensão adequada da conversão, porque os expedientes condicionadores da educação religiosa exercem uma camuflagem quase perfeita no esquema das aparências. Alguém já disse que o homem reto tem virtudes além do que pode expressar, mas o hipócrita expressa muito além das virtudes que possui. Sendo assim, o mimetismo do convencido se torna uma tarefa extremamente árdua em parecer aquilo que de fato não é. O mausoléu de mármore enfeita muito bem a podridão do cadáver. Mas o formalismo da educação religiosa é tão vazio de significado, como a clara do ovo é destituída de sabor. Mesmo sabendo que há razoáveis semelhanças comportamentais entre um convertido e um convencido, e bom lembrar que suas diferenças são fundamentais para não nos deixar confundidos por muito tempo.
Uma coisa é ser convertido pela graça de Deus, outra bem diferente é tornar-se prosélito de um sistema religioso. Jesus desaprovou a tática do caçador, com esta censura:


Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorreis terra e mar para fazer um prosélito e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes filhos do inferno do que vocês. Mateus 23:15.


Um prosélito é uma pessoa convencida a um sistema sem a transformação do seu caráter, por meio da obra suficiente de Cristo. O prosélito se constitui num praticante ritual, privado totalmente da vida espiritual. Mas ele focaliza com tanta potência os seus holofotes sobre os outros, que fica quase impossível de enxergar o que está acontecendo por trás da luz.
Sabemos muito bem que o condicionamento repressivo de um sistema religioso austero, pode forjar hábitos morais extremamente válidos para convivência social. Muitas pessoas em razão de sua rígida ética religiosa estão livres de uma vida na cadeia, mas não isentas da condenação eterna. A civilidade institucional nada tem a ver com a etiqueta espiritual autêntica, ainda que as analogias dificultem o julgamento. Atos corretos nem sempre correspondem atitudes justificáveis. Um procedimento honesto pode estar motivado por interesses imorais ocultos. Não nos devemos iludir com as aparências: O tambor, apesar de todo o barulho que faz, está somente cheio de ar. Convencidos sinceros podem apresentar uma peça teatral bastante convincente. O disfarce mais astuto se caracteriza por um rosto de anjo encobrindo um coração de demônio.


Muitos me dirão naquele dia: Senhor,! Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi abertamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:22-23.


Eis aqui um grande problema: Convencer o convencido que ele não é convertido. É mais difícil esmagar uma meia mentira do que uma mentira completa. É muito mais fácil se pregar para um pecador perdido e perverso, do que pregar para um crente convencido. Henry W. Beecher dizia: A presunção é a doença da alma humana mais difícil de ser curada. A falsa conversão é muito pior do que a total ignorância.
Davi colocou a conversão como conseqüência do conhecimento dos caminhos do Senhor. Na verdade o homem precisa conhecer o Caminho do Senhor.


Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pela veredas antigas, qual é o caminho, e andai por ele, e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele. Jeremias 6:16.


Assim como Cristo é a razão pela qual o santo nasce, e a raiz pela qual o santo cresce, é também, o caminho pelo qual o santo anda.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6.


A verdadeira experiência da conversão é a dependência completa de Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor. Isto significa inteira renúncia de nós mesmos e total cobertura da suficiência de Cristo. Andar neste Caminho é subordinar toda a nossa existência ! no perímetro absoluto de sua graça.
O convertido é alguém que pela graça deixou de se esforçar para ser aceito, uma vez que Deus já o aceitou em Cristo: Enquanto, o convencido busca a sua aceitação no exercício enfadonho do cumprimento zeloso da lei. Ninguém consegue encobrir aquilo que Deus revela, muito menos manifestar o que Deus oculta. Se não há revelação do Espírito a respeito da pessoa de Cristo e de seu sacrifício, tão pouco haverá consciência real da obra da conversão. Mesmo que o comportamento honesto fale de uma personalidade digna, somente a conversão genuína pode patentear a santidade do coração. Não devemos confundir a santidade produzida por Jesus Cristo, com a honestidade decorrente de uma moral ilibada, firmada nas bases da lei. Muitos homens ao serem convertidos não tiveram mudanças comportamentais significativas. O apostolo Paulo disse que: Segundo a justiça da lei, eu era ir! repreensível. Filipenses 3:6b. A sua grande transformação ficou por conta dos propósitos ou intenções do coração, resultantes da conversão operada por Deus. Paulo era homem sério na sua conduta e sincero na filosofia de vida. Mas quando o Espírito o converteu a Cristo, a vida santa de Cristo passou a ser a santidade do seu coração. Alguém me disse recentemente de uma descoberta gloriosa: Jesus não só me substitui na cruz, morrendo em meu favor; mas me substitui na existência, vivendo em meu lugar.


Eu estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. Gálatas 2:20.


A santidade derivada da conversão é a própria suficiência da vida de Cristo satisfazendo as necessidades mais profundas do coração.
Se o convertido é a única pessoa no mundo que se encontra perfeitamente satisfeita por causa da santidade de Cristo manifesta em seu interior, o convencido é uma pessoa internamente descontente em razão da incoerência marcante refletida nas aparências. Demonstrar na fachada aquilo que não se é por dentro, causa um desconforto insuportável, capaz das maiores tragédias. A máscara do fingimento não pode garantir a verdadeira felicidade, pois o disfarce da hipocrisia produz débito insolúvel na consciência reprimida. J. Blanchard afirmou que a felicidade superficial sem a santidade espiritual é um dos principais produtos de exportação do inferno. E podemos ter absoluta certeza que é totalmente impossível haver santidade espiritual, se não houver conversão cristã legítima. Assim, a pessoa convertida vive pela fé na sujeição completa da suficiência de Cristo e na atitude permanente de profundo arrependimento. Quando a Palavra de Deus converte um homem, tira dele seu desespero, mas não seu arrependimento, ensinava C. H. Spurgeon. O homem convertido não é um mero convencido que se arrependeu e creu, mas um contínuo confiante que vive arrependido pela graça que o alcançou. Somente Deus vê o coração convertido e somente o coração convertido pode ver a Deus. Não confunda convertido com convencido, pois este equívoco pode ser fatal. Mas também, não julgue a experiência dos outros, pois cada um tem que avaliar a sua própria experiência.


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Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. 1Pe 2.9

O Que a Bíblia Diz Sobre o Cair no Espirito


Introdução
Em 1923, o missionário sueco Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, fora informado de que um certo movimento pentecostal começava a alastrar-se por Santa Catarina. Sem perda de tempo, Vingren deixou Belém do Pará, berço do pentecostalismo brasileiro, e embarcou para o Sul. No endereço indicado, veio ele a constatar: "Não se tratava de pentecostes, mas de feitiçaria e baixo espiritismo".
Embora fervoroso pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas proféticas e messiânicas.
Teve o nosso pioneiro, como precavido condutor de ovelhas, suficiente discernimento para não aceitar aquele arremedo de pentecostes. Fosse um desses teólogos que colocam a experiência acima da Bíblia Sagrada, o pentecostalismo autêntico jamais teria saído do nascedouro.
Entre as manifestações presenciadas por Gunnar Vingren, achava-se o "cair no poder" que, já naquela época, era conhecido também como "arrebatamento de espírito". À primeira vista, impressionava; fazia espécie. Não resistia, contudo, ao mínimo confronto com as Escrituras. E nada tinha a ver com as experiências semelhantes que se acham nas páginas da Bíblia.
Irreverente e apócrifo, esse misticismo não se limitou à geração de Vingren. Continua a assaltar a Igreja de Cristo com demonstrações cada vez mais peregrinas e contraditórias. O seu alvo? Levar a confusão ao povo de Deus. No combate a tais coisas, haveremos de ser enérgicos, sábios e convincentes. Mas sempre equilibrados. Através da Bíblia, temos a obrigação de mostrar a pureza e a essência de nossa crença, e a "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3).
Neste artigo, detenhamo-nos no fenômeno do "cair no Espírito". Até que ponto há de ser aceito? Como lhe aferir a legitimidade? É realmente indispensável ao crescimento da vida cristã? Vejamos, a seguir, como esse movimento ganhou notoriedade em nossos dias.

I - O Que é o "Cair no Espírito"?
Embora não seja alguma novidade, o "cair no Espírito", como vem sendo caracterizado, começou a ganhar notoriedade a partir de 1994. Neste ano, a Igreja Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto, no Canadá, passou a ser visitada por milhares de crentes - todos à procura de uma bênção especial. Ao contrário das demais igrejas pentecostais, que buscam preservar a ortodoxia doutrinária, a Igreja do Aeroporto, como hoje é conhecida, granjeou surpreendente notoriedade em virtude das manifestações que ocorriam em seus cultos.
Dizendo-se cheios do Espírito, os freqüentadores dessa igreja começaram a manifestar-se de maneira estranha e até exótica. Em dado momento, todos punham-se a rir de maneira incontrolável; alguns chegavam a rolar pelo chão. Justificando essa bizarria, alegavam tratar-se de santa gargalhada. Ou gargalhada santa? Outros iam mais longe: não se limitavam ao estrepitoso dos risos; saíam urrando como se fossem leões; balindo, como carneiros; ou gritando, como guerreiros. E ainda outros "caíam no Espírito".
À primeira vista, tais manifestações impressionam.
Impressionam apesar de não contarem com o necessário respaldo bíblico. Entretanto, não podemos nos deixar arrastar pelas aparências nem pelo exotismo desses "fenômenos". Temos de posicionar-nos segundo a Bíblia que, não obstante os modismos e ondas, continua a ser a nossa única regra de fé e conduta.

II - O Cair no Espírito na Bíblia
Nas Sagradas Escrituras, o cair no Espírito não chega a ser um fenômeno; é mais uma reação reverente diante do sobrenatural. Registra-se apenas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, 11 casos de pessoas que caíram prostradas, com o rosto em terra, em sinal de adoração a Deus. E tais casos não se constituem num histórico; são episódicos isolados. Não têm foro de doutrina, nem argumentos para se alicerçar um costume, nem para se reivindicar uma liturgia; não podem sacramentar alguma prática. Afinal, reação é reação; apesar de semelhantes, diferem entre si. Como hão de fundamentar dogmas de fé?
Verifiquemos, pois, em que circunstâncias deram-se os diversos casos de cair por terra nos relatos bíblicos.

* A força de uma visão nitidamente celestial

As visões, na Bíblia, tinham uma força impressionante. Agitavam, enfraqueciam e até deitavam por terra homens santos de Deus. Que o diga Daniel. Já encerrando o seu livro, o profeta registra esta formidável experiência:


"Fiquei, pois, eu só e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido" (Dn 10.8,9).


Em sua primeira visão, Ezequiel também se assusta com o que vê. Ele se apavora:


"Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto" (Ez 1.28).


Sem liturgia, ou intervenção humana, o profeta prostra-se todo. E quem não haveria de se prosternar? Mesmo o mais forte dos homens, não se agüentaria diante de tamanho poder e glória. Recurvar-se-ia; lançar-se-ia com o rosto em terra.
Mais tarde, encontraremos Ezequiel noutro caso de prostração:


"E levantei-me e saí ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto" (Ez 3.23).


Quem não cairia ante as singularidades da glória de Deus? Quem a resistiria?
Já no final de seus arcanos, Ezequiel vê-se constrangido a comportar-se de igual maneira:


"E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto" (Ez 43.3).


Nesses casos, as visões divinas foram tão fortes que levaram tanto Ezequiel como Daniel a caírem por terra. Noutras ocasiões, porém, a ocorrência de visões, igualmente poderosas, não provocou alguma prostração. Haja vista o caso de Isaías. Embora se mostrasse aterrorizado e compungido com a visão do trono divino, não se menciona ter o profeta caído por terra. Isto significa que as experiências, embora semelhantes, possuem suas particularidades e idiossincrasias. Isto é: cada experiência, ou encontro com Deus, é única. Seria tolice pretender repeti-las para que a sua repetição adquirisse foros de doutrina.

* O impacto de um encontro com Deus

Além das visões, certos encontros com Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento, levaram à prostração. Mencione-se, por exemplo, o que aconteceu a Saulo no caminho de Damasco. O encontro com Jesus foi tão formidável, que forçou o implacável perseguidor a cair por terra, e a reconhecer a autoridade e a soberania do Filho de Deus:


"E caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9.4).


Como nos casos anteriores, nada havia sido programado. Saulo foi levado a recurvar-se em virtude da sublimidade do Senhor Jesus. Noutras ocasiões, porém, os encontros com Deus deram-se de maneira suave. A entrevista de Natanael com Jesus é um exemplo bastante típico dessa suavidade tão santa. O que também dizer do encontro de Gideão com o anjo do Senhor? Ou do encontro de Jeremias com Jeová? Este encontro veio na medida certa; veio de acordo com o caráter suave e melancólico do profeta. Mas tivesse Jeremias o temperamento colérico de Paulo, certamente o Senhor teria agido com impacto para que o vaso fosse quebrado e moldado conforme a sua vontade. Como se vê, as experiências variam de acordo com as circunstâncias e a personalidade das pessoas envolvidas no plano de Deus.

* Diante da autoridade de Cristo

A autoridade do nome de Cristo é mais que suficiente para fazer com que todos os joelhos dobrem-se diante de si. Aliás, chegará o momento em que todos os seres, quer nos céus, quer na terra, quer sob a terra, hão de se curvar diante da infinita grandeza do nome do Senhor Jesus:


"Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2.9,10).


Na noite de sua paixão, o Senhor demonstrou quão grande era a sua autoridade:


"Quando, pois, (Jesus) lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra" (Jo 18.6).


Ao contrário dos casos anteriores, nessa passagem quem cai por terra são os ímpios. Recurvam-se estes não em sinal de reverência a Deus, mas em razão da autoridade e soberania irresistíveis de Cristo.
Caso semelhante ocorreu com Ananias e Safira. Ambos caíram por terra em decorrência de sua iniqüidade:


"Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram" (At 5.3-5).


Casos como esses não são raros. Em nossos dias, muitos são os ímpios que, por se levantarem contra os escolhidos do Senhor, caem por terra e, às vezes, fulminados.
Noutras ocasiões, porém, o Senhor revelou-se de maneira tão suave, que se faz homem diante dos homens. Que encontro mais doce do que aquele que se deu junto ao poço de Jacó? O Senhor revela-se de maneira surpreendentemente afável à mulher samaritana. E a experiência de Nicodemos? Ou a de Zaqueu?

III - Como os Legítimos Representantes de Deus Portaram-se Quando Alguém Caía por Terra?
Ao contrário dos que hoje portam-se como deuses diante de virtuais casos de prostração, os apóstolos de Cristo jamais aceitaram tal deferência. Em todas as instâncias, procuravam sempre glorificar ao nome do Senhor. Em casos semelhantes, até os mesmos anjos agiram com reconhecida e santa modéstia.
Tendo Pedro chegado à casa de Cornélio, a primeira reação deste foi cair de joelhos diante do apóstolo.


"Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que também sou homem" (At 10.25,26).


O que fariam os astros do evangelismo dos dias atuais? Humilhar-se-iam como o apóstolo? Ou usariam o evento para incrementar o seu marketing pessoal?
Mesmo um poderoso anjo não se aproveitou da ocasião para atrair a si as glórias devidas somente a Deus. O relato é de João:


"Prostrei-me aos seus pés para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus" (Ap 22.8,9).


O anjo bem sabia que o apóstolo prostrara-se aos seus pés por uma circunstância bastante especifica: não há ser humano que não se extasie diante do sobrenatural. A aparição de um ente celestial sempre perturbou os pobres mortais. Nos dias dos juízes, acreditava-se que a visão de um anjo significava morte certa. Por isso, a primeira reação de uma pessoa ao ver um anjo era curvar-se diante do ser angelical. Quem poderia resistir a tanta glória?
Os anjos, porém, recusavam tal deferência. Houve ocasiões em que o anjo do Senhor aceitou elevadas honrarias. Como conciliar tais questões? No Antigo Testamento, sempre que isso ocorria, era devido a presença de um ser especial, que alguns teólogos não vacilam em apontar como a pré-encarnação de Cristo. De uma forma ou de outra, os anjos eram santos o suficiente para agirem com modéstia e humildade, tributando a Deus todo poder e toda a glória.
Que esta também seja a nossa postura! Quando, por alguma circunstância, alguém cair a nossos pés, levantemo-lo para que tribute a Deus, e somente a Deus, toda a honra e toda a glória. E jamais, sob hipótese alguma, induzamos alguém a prostrar-se com o rosto em terra, pois isto contraria a ética e a postura que o homem de Deus deve ter.

IV - Nas Efusões do Espírito Santo de Atos dos Apóstolos Houve Casos de Prostração?
Na ânsia por justificar o cair por terra que, como já dissemos tem de ser visto como episódio e não como histórico, muitos teólogos chegam a colocar tal reação como se fora uma das evidências da plenitude do Espírito Santo. Que pode haver prostração quando da efusão do Espírito, não o negamos. Pode haver, mas não tem de haver necessariamente, nem precisa haver para que se configure o derramamento do Espírito Santo. A prostração não pode ser vista como evidência, mas como uma reação ocasional e esporádica.
Nos diversos casos de efusão do Espírito Santo, nos Atos dos Apóstolos, não se observou algum caso de prostração. No dia de Pentecoste, segundo no-lo notifica o minucioso e detalhista Lucas, estavam todos assentados no cenáculo (At 2.2). Na casa de Cornélio, onde o Espírito foi derramado pela primeira vez sobre os gentios, também não se observou o cair por terra (At 10.44-47). Entre os discípulos de Éfeso também não se registrou alguma prostração (At 19.6).
Em todos esses casos, porém, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo fez-se presente. Conclui-se, pois, que não se deve confundir evidência com reação. A evidência é a mesma em todos os que recebem a plenitude do Espírito Santo. A reação, todavia, varia de pessoa para pessoa.
Mesmo quando o lugar santo tremeu, não se observou caso algum de prostração (At 4.31). Poderia ter havido? Sim! Mas não necessariamente.

Conclusões
Daquilo que até agora vimos acerca do "cair no Espírito", podemos tirar as seguintes conclusões, tendo sempre como base as Sagradas Escrituras:
1. Não se pode realçar a experiência, nem guindá-la a uma posição superior à da Palavra de Deus. A experiência é importante, mas varia de pessoa para pessoa; cada experiência é uma experiência; tem suas particularidades. A experiência tem de estar submissa à doutrina, e não há de modificar, por mais extraordinária que seja, nenhum artigo de fé.
2. O cair por terra não pode ser visto nem como evidência da plenitude do Espírito Santo, nem como sinal de uma vida consagrada. A evidência do batismo no Espírito Santo são as línguas estranhas; e a vida consagrada tem como característica o fruto do Espírito. O cair por terra pode ser admitido, no máximo, como reação esporádica de alguma visitação dos céus. Se provocado, ou repetido, deixa de ser reação para tornar-se liturgia.
3. Caso ocorra alguma prostração, deve-se fazer as seguintes perguntas: 1) Qual a sua procedência? 2) Teve como objetivo promover o homem ou glorificar a Deus? 3) Foi usada para catalisar a atenção dos presentes? 4) Foi provocada por sopros, toques ou por algum objeto lançado no auditório? 5) Houve sugestão coletiva? 6) Prejudicou a boa ordem e a decência da igreja? 7) Conta com o respaldo bíblico suficiente? 8) Tornou-se o centro do culto?
4. Devemos estar sempre atentos, pois o adversário também opera sinais espetaculares com o objetivo de enganar os escolhidos:


"Surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24).


5. Nos diversos exemplos de prostração que fomos buscar na Bíblia, observamos o seguinte: Os personagens que se prostraram, ou foram prostrados, em virtude de alguma experiência sobrenatural, caíram para frente, e não para trás, como está ocorrendo hoje em algumas igrejas. Não era algo programado, nem ministro algum induzira-os a cair. Ou seja: ninguém precisou soprar neles ou neles tocar para que caíssem. Tais modismos têm levado a irreverência e a bizarria ao seio do povo de Deus. Há alguns que se tornaram tão ousados que jogam até os seus paletós a fim de provocar prostrações coletivas. Isto é um absurdo! É antibíblico!
6. Os casos de prostração narrados na Bíblia deram-se em virtude da reverência e temor que os já citados personagens sentiram ao presenciar a glória divina. No Novo Testamento, o termo usado para prostração é pesotes prosekinsan que, no original, significa: cair por terra em sinal de devoção. Em Apocalipse 5.14, a expressão grega aparece para mostrar os anciãos prostrados aos pés do Cristo glorificado.
7. Voltemos à questão. Pode acontecer prostração numa reunião evangélica? Pode! Mas não tem de acontecer necessariamente; pode, mas não precisa acontecer, nem ser provocada. Caso aconteça, deve ser encarada como reação e não como fato doutrinário. John e Charles Wesley, por exemplo, experimentaram um poderoso avivamento, mas jamais elevaram suas experiências à categoria de doutrina. As heresias nascem quando se supervaloriza a experiência em detrimento da doutrina. Não podemos nos esquecer de que algumas das mais notáveis heresias deste século, como a Igreja Só Jesus, nasceu em pleno período de avivamento.
8. De uma certa forma, todo avivamento provoca extremismos. Cabe-nos, porém, buscar o equilíbrio tão necessário à Igreja de Cristo. Era o que ocorria em Corinto. Não resta dúvida de que os irmãos daquela comunidade cristã haviam recebido uma forte visitação dos céus. Todavia, tiveram de ser doutrinados e disciplinados. A esses irmãos, escreveu Paulo:


"E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos" (1 Co 14.32,33).


Finalmente, jamais devemos abandonar a Bíblia. Ênfases, como o cair no Espírito, hão de surgir sempre. Não devemos nos impressionar com elas; tratemo-las com o devido equilíbrio. Pois o equilíbrio bíblico e teológico há de manter a igreja de Cristo em permanente avivamento. E o verdadeiro avivamento não extingue o Espírito, mas sabe como evitar os excessos.

Idolatria Gospel - Um show de horrores



Qualquer cristão que tem o mínimo de conhecimento bíblico entende que Deus odeia a idolatria. Em 1 Coríntios 6:9 Deus alerta que os idólatras não herdarão o Reino dos céus. Em outra parte das escrituras lemos: “Não terás outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20:3). Podemos ficar horas e horas citando trechos bíblicos acerca da mesma verdade: Deus quer estar em primeiro lugar de nossas vidas. Aqueles que querem ser verdadeiros adoradores deverão ter olhos para um só Deus. Isto é uma verdade inquestionável.
Também é verdade que a Igreja precisa ter modelos, precisa ter exemplos de vida com Deus, exemplos em todas as áreas de liderança, pastoral, nas artes, missões etc. A estas pessoas chamamos de referenciais. Paulo era um referencial de sua época:


“Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam”. (Filipenses 3:17).


Precisamos ter líderes que nos dirijam, que nos abençoem, que nos ajudem a chegar aos níveis já alcançados por eles, que nos dêem um norte em Deus.
Referenciais têm um enorme poder de influência sobre as pessoas como um todo. É por isso que quando algum destes referenciais cai em pecado, muitas pessoas caem em desilusão e os mais fracos tendem a abandonar a fé. Em geral, o povo é abalado quando um líder ou um referencial de grande influência comete falhas em público. E quanto maior a “bomba”, maior é o estrago. A Bíblia alerta:


“Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado...” (2 Coríntios 6:3).


Um erro grandioso que a Igreja de hoje tem cometido e sofrido sérias conseqüências é o pecado da idolatria. E fazemos isso dando uma série de boas desculpas esfarrapadas. Por exemplo, quando quero idolatrar meu cantor gospel preferido, exaltando-o sobre as alturas, falo às pessoas que ele é um grande homem de Deus, um referencial para mim. Aí faço desta pessoa meu ídolo, tendo em casa um altar para ele, com todos os seus CDS e livros, com todos os seus artigos escritos, com uma foto autografada, uma camisa do fã-clube e outros apetrechos que farão parte do meu devocional a este ídolo. Assim a pessoa acaba se tornando um idólatra, tornado seu próprio irmão na fé num deus. Atenção: Adorar também significa “devotar a vida”.
Não há outras palavras para se dizer uma verdade dura que já está sendo ecoada no Brasil: a Igreja brasileira fez de seus referenciais grandes ídolos como o bezerro de ouro erguido pelo povo de Israel no deserto (Êxodo 32:4). Isto nós fizemos e por isso estamos pagando um preço tão caro. A Lei da Semeadura está valendo ainda hoje. A Igreja plantou idolatria, vai colher coisa ruim, maldição, destruição. Disto não duvidamos.

A Idolatria Evangélica Gospel Brasileira permitiu este show de horrores:

* Ídolos gospel que não “ministram” por menos de 15, 20, 30 mil reais.
* Ídolos gospel que decidiram por loucura própria fazer uma lista de exigências que nem Jesus, Paulo ou João fizeram quando exerciam seu ministério: hotéis 5 estrelas, frutas tropicais, água mineral de marcas específicas, dezenas de seguranças, carro blindado... e outras coisas que não vou pôr aqui pois não vão acreditar em mim.
* Ídolos gospel que são indiferentes e preconceituosos com certas cidades, regiões, raças, e condição espiritual. Por exemplo: tem gente que não “ministra” em certos lugares porque há muita frieza espiritual, eles só querem “ministrar” em lugares que já estão “avivados”.
* Ídolos gospel que se isolam da liderança espiritual de sua igreja para não precisar responder a ninguém sobre seus trambiques e pecados. Aparentemente chegaram num nível tão alto que não precisam mais de pastor e de igreja para acompanhá-los, agora podem caminhar sozinhos. Por isso temos visto tanto insubmissão e rebeldia em “ministério grande”.


Quem é o responsável por este show de horrores? Quem é o culpado? Penso que o culpado somos todos nós que fazemos parte da igreja pois temos alimentado nossos ídolos. Damos a eles o que eles pedem, e é por isso que as exigências aumentam a cada dia. Enquanto pagamos 25 mil reais pra um irmão cantar num evento, deixamos missionários morrerem de fome aqui no Brasil e lá fora. E ainda dizemos: se o missionário passa fome é porque está em desobediência. Quanta hipocrisia!
A coisa está tão feia que ninguém pode denunciar os pecados da igreja. Se alguém se levanta contra essa pouca vergonha dos absurdos cachês e exigências, dos pecados escondidos, da rebeldia contra os pastores, da idolatria escrachada, da tietagem é rapidamente apedrejado pelos idólatras daquele determinado “deus gospel”. É igualzinho no Velho Testamento: “não desrespeite o meu deus que eu não desrespeito o seu”.
Meus irmãos não me entendam mal. Não me interpretem mal. Estou aqui tecendo pesadas críticas contra a idolatria. Estou denunciando o pecado, não o pecador! É disso que tenho nojo, e é contra este terrível pecado que temos que lutar. Se a Igreja não acordar colherá frutos tenebrosos. Se sabemos da existência de um Deus verdadeiro, se conhecemos o seu amor, e o trocamos deliberadamente por outros deuses, vamos pagar caro por isso. Aliás, já estamos pagando caro por isso!
Deixe-me fazer algumas perguntas que atualmente tem feito meu coração doer: - Quanto Jesus cobrou para exercer seu ministério e morrer na cruz por nós? Qual foi o cachê que Paulo cobrou para ser aprisionado junto com Silas nas piores prisões da época? Quais foram as exigências de nossos irmãos que morreram recentemente na China por não negarem o Evangelho? Quanta glória Jesus quis tomar para si quanto o chamaram de bom mestre? Quantas viagens Paulo negou por não atenderem suas exigências?
Precisamos urgentemente de referenciais que apontem para Deus. Precisamos de mártires. Precisamos de humildade, simplicidade e pureza de espírito. Precisamos nos arrepender. Precisamos saber que “...o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Filipenses 1:21)
Quanto aos ídolos de ouro que levantamos... não precisamos deles!


"Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-


vos, e mudai as vossas vestes". (Gênesis 35:2)

Alimentando as Ovelhas ou Divertindo os lobos


Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo.
A igreja abandonou a pregação ousada; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.
Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela?


"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15)


isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: "E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho", assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais:


"Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Ef 4.11).


Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires. Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos.
Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? "Vós sois o sal", não o "docinho", algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor:


"Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos" (Lucas 9.60).


Ele estava falando com terrível seriedade! Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: "Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!" Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: "Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!" Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos.
Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles "transtornaram o mundo". Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos. Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Há poder no sangue de Jesus!


Praticamente tudo mundo já ouviu essa exclamação sair da boca de um crente. Sabendo que é bastante utilizada, surgem duas perguntas necessárias:
- Quais são os significados que a expressão "há poder no sangue de Jesus" têm para o povo de Deus?
- Os significados que o povo de Deus atribuiu a essa expressão têm algum fundamento teológico?
Analisemos portanto cada um desses significados que foram consagrados ao longo dos anos, dentro do contexto evangélico, e vejamos se eles têm alguma consistência.

1) "Há poder no sangue de Jesus" como fórmula de exorcismo.
Parece que os crentes, em geral, utilizam essa expressão naqueles momentos em que surge uma forte ameaça espiritual ou física, situação em que o fiel a expressa, geralmente na forma de brado, buscando invocar um poder que seja capaz de garantir-lhe a completa vitória.
A utilização dessa expressão, conforme delineada acima, é bíblicamente recomendável?
Analisando os relatos de curas e de exorcismos, registradas nas Escrituras, fica patente que a fórmula verbal, consagrada para esse fim, inclue, como componente fundamental, o NOME de Jesus Cristo e não o sangue de Jesus:

"Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco." (Marcos 9:38)


"Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas" (Marcos 9:17)


"Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!" (Lucas 10:17)


"Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de jesus Cristo, o Nazareno, anda!" (Atos 3:6)


"Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós." (Atos 3:16)


"Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu." (Atos 16:18)


Do ponto de vista bíblico, portanto, a autoridade, sobre todas as forças malignas e sobre todas as enfermidades, reside única e exclusivamente no NOME de Jesus. Essa autoridade não reside no sangue de Jesus, visto que o sangue, embora fosse um dos constituintes da matéria de Jesus, era apenas uma substância impessoal, incapaz de refletir a totalidade do ser do Filho de Deus. O sangue era o conteúdo, contido no Filho que, por isso, tem a preeminência.
Na verdade, muitas pessoas exclamam "há poder no sangue de Jesus" como se estivessem utilizando uma fórmula exorcista ou mágica, capaz de anular toda e qualquer intenção maligna. O verdadeiro cristão sabe que a seu poder espiritual sobre o mal não vem de fórmulas verbais prontas, mas da sua comunhão com Cristo, da sua vida de santidade e obediência diante de Deus. Assim, ele não precisa preocupar-se, pois sabe que


"todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca" (I João 5:18)


2) "Há poder no sangue de Jesus" como invocação do poder miraculoso da substância sanguínea de Jesus.
Em um determinado artigo, o sangue de Jesus é apresentado como uma substância com um poder espantoso, superior ao poder do fogo, da pólvora, na nitroglicerina e da bomba atômica. O autor diz que:

* O poder do Sangue de Jesus é Fogo que aquece os corações feridos pelo pecado transformando o mais vil pecador em uma nova criatura.
* O poder do Sangue de Jesus é mais sólido que a Pólvora; quebrando vidas presas aos delitos carnais, e renovando uma eterna comunhão com Deus.
* O poder do Sangue de Jesus torna-se mais liquido e sensível que a Nitroglicerina, capaz de dinamitar aos que estão no profundo oceano de perdição e dor, trazendo aos verdejantes pastos de gozo e comunhão com o Espírito Santo.
* O poder do Sangue de Jesus é mais radiativo que a própria energia Atômica, não causa danos nuclear, mas penetra na cerne da alma humana e restaura todas as feridas feitas durante o período probatório na face da terra.


Em outra parte ele também continua:
Em tudo que existe no universo, não há nada mais poderoso e edificado que o poder no “Sangue de Jesus”, o Filho amado de Deus. Desde o primeiro homem (Adão), que contaminou toda a humanidade com o seu pecado original, nenhuma substancia conseguiu restaurar o universo e em especial o homem, a não ser o Sangue de Cristo, que foi crucificado, morte e ressurreto ao terceiro dia. Somente Ele é capaz de restaurar vidas, lares destruídos, curar enfermidades.
O autor finaliza, falando, de forma supreendente, sobre a genética do sangue de Jesus: o poder dessa substância é garantido devido a ausência da influência do pecado original, a depravação moral que atingiu a todos os homens, depois do pecado de Adão.
Vê-se dessa forma, que o sangue de Jesus é tratado como uma substância real, portadora de propriedades terapêuticas, que parece jorrar de uma fonte abundante e interminável; uma espécie de fluido universal. Essa substância é capaz de curar libertar o homem de todo mal: demônios, doenças, vícios, etc.
Percebe-se aqui, uma outra distorção do significado que há no sangue de Jesus Cristo. Quando a Bíblia diz que o sangue de Jesus trouxe libertação e perdão dos pecados para os homens, o evento que é valorizado não é propriamente o derramamento do sangue de Jesus, mas sim a sua morte. Se o sangue de Jesus, por si só, fosse a solução dos problemas dos homens, bastaria a Jesus doar o seu sangue periodicamente. Não haveria necessidade, assim, de morrer na cruz; bastaria disponibilizar essa substância miraculosa.
O Dicionário Teológico Internacional do Novo Testamento - Edições Vida Nova, comentando Levítico 17:13.14, nos diz que


"Mas não é o sangue de si mesmo que faz a expiação, mas, sim, o sangue, na medida em que a vida é contida nele. A expiação, portanto, não depende do sangue, mas, sim, da vida, que é sustentada pelo sangue". Levíticos 17.13-14


O que garantiu, portanto, a expiação dos nossos pecados foi a morte de Jesus e não o seu sangue. Foi entregando sua vida que Jesus garantiu a nossa salvação.
Então, sempre que a Bíblia cita o sangue de Jesus, em qualquer contexto, ela está aludindo à MORTE de Jesus Cristo.
Confesso que houve época em que eu orava a Deus pedindo para Ele derramasse uma gota do sangue de Jesus em meu cérebro para que eu deixasse de ter pensamentos perversos. Depois percebi que era inútil esperar que essa substância fosse derramada na minha cabeça. Percebi que a minha libertação não dependia desse "remédio" espiritual, mas sim de uma atitude de fé da minha parte, de uma vivência diária de comunhão com o Senhor Jesus Cristo. O processo de santificação envolve um relacionamento diário com Deus, um história de experiências espirituais com o Altíssimo. Isso nos torna cada vez mais semelhantes a Jesus Cristo.
E quanto ao hino 491 da Harpa Cristã? Deve ser excluído dela então? Vejamos a letra:

O teu pecado tu queres deixar?
No sangue há poder, sim, há poder;
Queres do mal a vitória ganhar?
Seu sangue tem este poder!

Há poder, sim, força e vigor
Neste sangue de Jesus;
Há poder, sim, no bom Salvador;
Oh! Confia no Cristo da cruz.

Queres os vícios abandonar?
No sangue há poder, sim, há poder;
Confia em Cristo para te curar;
Seu sangue tem este poder!

Oh! Paralítico, queres andar?
No sangue há poder, sim, há poder;
Para fazer-te também caminhar,
Seu sangue tem esse poder!

Queres pureza p'ra teu coração?
No sangue há poder, sim, há poder;
Mais lealdade, mais consagração,
Seu sangue tem este poder!

Queres de Cristo a mensagem levar?
No sangue há poder, sim, há poder;
Queres co'os anjos, na glória cantar?
Seu sangue tem este poder!

Não há necessidade de retirar esse hino da Harpa Cristã. Basta ao crente assimilar o seu real sentido teológico. De onde vem o poder que nos liberta do pecado, que nos dá a vitória, que nos livra dos vícios, que faz o paralítico andar, que trás pureza para o coração, que garante mais consagração, que capacita o crente a levar a mensagem da cruz e que garante a presença do crente na glória, cantando com os anjos? Esse poder vem do sangue de Jesus, isto é, da sua morte expiatória, do sacrifício substitutivo na cruz do calvário, onde o nosso Senhor Jesus Cristo foi traspassado por causa de nossas iniquidades. Quando o homem pecador percebe que Jesus Cristo derramou o seu sangue na cruz do Calvário, por amor a todos os homens, e o reconhece como seu Salvador, o Evangelho entra na sua vida com poder, libertando das amarras do pecado, curando a sua alma e o seu corpo. Nele cumpre-se as Escrituras: "Pelas suas pisaduras nos fomos sarados".
Basta sempre correlacionar sangue de Jesus com morte de Jesus. Se Jesus não tivesse morrido seu sangue não teria nenhum valor.

A Mulher com Fluxo de Sangue


"E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?" (Lc 8:45)


Pedro, que estava com Jesus retrucou: " A multidão te aperta e te oprime e dizes: Quem é que me tocou? o que Pedro não entendia era que aquele toque era diferente, especial."Quem me tocou?" Enquanto os demais, movidos por curiosidade, superstição e pensamentos naturais "apertavam e oprimiam Jesus", a mulher, com firmeza e determinação, tocara o coração do Mestre.
Quem sofria com fluxo de sangue era considerado imundo. Não podia tocar nem ser tocado. Até mesmo objetos, perdiam o valor se tocados por um doente com fluxo, A impureza física era associada a moral e assim eram excluídos do convívio normal da sociedade (Lv 15).

Solidão e conflito
Tocar em Jesus?!Estás louca?!! Certamente esta seria a reação das pessoas se a mulher lhes contasse sua intenção. Ela ouviu falar de Jesus, de seus milagres, do seu amor pelas pessoas...Talvez tenha vibrado de alegria em um lugar solitário da casa : "Vou ficar curada!!Acabou meu sofrimento!! O evangelho de Mateus relata:


"Porque dizia consigo: Se eu tão somente tocar a sua veste, ficarei sã". Mateus 9:21.


Ela não podia compartilhar sua alegria! Ninguém a compreenderia!.


"Alguém me tocou, então a mulher não podendo ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante Ele declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado" Lc 8:46.


O medo, sentimento de inferioridade e a vergonha ainda faziam parte de sua vida, mas, ao declarar perante todo o povo que tocara Jesus, vencera a si mesma e a multidão. Creio que antes de tocar Jesus, fora profundamente tocada por Ele. Durante o intervalo em que ouviu falar de Jesus até tocá-lo, muitas coisas aconteceram na vida da mulher. Ela viveu um processo de cura interior que teria lhe concedido forças em meio a sua fraqueza. O milagre aconteceu porque haviam elementos sobrenaturais movendo os céus. Eram sua fé, arrependimento, determinação.Ela era diferente da multidão.

O Toque na Orla
Em seu encontro com a mulher com fluxo de sangue, as vestes de Jesus eram a de um Israelita obediente a Deus. É que no Livro de Números há uma orientação que deveria ser seguida por todo que desejasse ser santo e agradável a Deus: As vestes deveriam conter franjas nas bordas e um cordão azul.


"e as franjas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais" Nm 15:39.


Foi exatamente na orla, parte mais significativa da roupa que ela segurou." No verbo Grego ela fez mais que tocar, ela agarrou, pegou " ( Gospel of Luke, pag 166). Ela agarrou o que era a representação do divino, celeste. Talvez tenha pensado que a pureza da veste lhe purificasse. Há quem diga que havia um misto de superstição e fé no gesto, um equívoco desfeito por Jesus ao falar-lhe : " filha, a tua fé te salvou".

Aprendendo com a Mulher do Fluxo de Sangue
Ela nos ensina que a fé precisa de uma ação. A Bíblia diz: "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6) e outra vez diz: " A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus" Rm 10:17. Ao praticar essas verdades são vencidos os medos, fracassos e tudo mais que porventura nos impediriam de chegar até Jesus. Ele sempre está disposto a transformar vidas, porém, como a multidão, muitas vidas não conseguem alcançar o milagre.
Existiam duas multidões nessa história: Uma próxima a Jesus e outra distante ,representada pelos familiares, vizinhos, enfim, todos os que faziam parte do cotidiano da mulher. O que aprendemos? Essas multidões ainda são reais. Da mesma forma, religiosos, fariseus podem nos impedir de alcançar o Reino, também pessoas queridas. A mulher, no entanto tinha muita convicção. O livro de Romanos diz:


"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus " Romanos 14:12


Somente nós poderemos tomar essa decisão.
Se você ainda não teve um encontro real com Jesus, lhe convido a fazer como esta mulher. Agarre, segure o Mestre e confesse a Ele tudo o que está em seu ser. Ele pode e quer lhe curar totalmente dando-lhe vida em abundância.

As Obras da Carne - Parte 1


1 - Considerações

Já de muito tenho ministrado que há uma ignorância muito grande acerca de Deus no mundo, e também dentro de nossas igrejas. A maior parte das pessoas que freqüentam conosco uma das igrejas de Jesus Cristo, não compreende muito bem o que Deus quer de nós e nem o que pretende fazer conosco.
A questão que quero levantar é no tocante a uma das mais conhecidas e incompreendidas passagens da Bíblia: a que trata dos frutos do Espírito e dos frutos (ou obras) da carne (Gálatas 5).
Uma grande parte de nossos irmãos, de nossos companheiros de igrejas, estão absolutamente convictos de que estão em posse do fruto do Espírito, e que tem rejeitado as obras da carne. Mas é uma convicção falsa, ilusória, porque na verdade estão em posse das obras da carne e tem rejeitado o fruto do Espírito. Estão na incômoda situação descrita em Mateus 6:23.
Por que estão nessa situação? Porque desconhecem o significado das palavras que estão no texto bíblico, ou estão fechando seus olhos para a verdade, para viverem uma fábula, uma ilusão, uma utopia, um sonho, do qual serão tirados quando vier o dia da angústia já mencionado.
Existem dois fatores principais que norteiam o comportamento humano: pensamento e sentimento. Via de regra, nós fazemos o achamos certo ou o que queremos fazer. As crises de consciência ocorrem quando desejamos o que condenamos, ou não queremos fazer o que acreditamos que deve ser feito.
O problema maior e mais complicado é que nossos desejos são pérfidos, perversos, são decaídos e pecaminosos, contrários à essência e ao desejo de Deus... E nossos pensamentos são egoístas, são egocêntricos, individualistas, mesquinhos, destrutivos. Em suma: somos pecadores, e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7 e 8)
Não sei ao certo qual seria o conceito mais aproximado de personalidade, mas acredito que seja a essência de uma pessoa, o conjunto de seus valores, suas emoções, suas dores e suas aspirações. Personalidade é o conjunto de certo e errado, de bom e de ruim, de bonito e feio, de louvável e reprovável que cada um ser humano tem dentro de si.
O que ocorre, e isto precisa ficar claro, é que tais valores são... "incorretos". Estão todos impregnados com essa alguma coisa nojenta aos olhos de Deus chamada 'pecado'.
Então, quando o ser humano peca, quando faz alguma coisa que seja errada ou condenável pela bíblia, nada estará fazendo contrária à sua natureza. Gritar, xingar, amaldiçoar, mentir, aproveitar-se da situação, roubar, e coisas tais, são inerentes à condição humana. O natural é cometer pecado, e ter as obras da carne presentes em nossa vida. O sobrenatural é vencer a carne. É por isso que a Bíblia diz em Mateus 11:12 que desde os dias de João Batista até hoje o reino dos Céus e tomado à força e os violentos se apoderam dele. E os violentos que andam em espírito, não se curvam ao desejo da carne (Gal. 5:16)
Se não lutarmos contra a nossa natureza vil e perversa, seremos dominados por ela, e as obras da carne se farão presentes em nossa vida. Quando as obras da carne se fazem presentes em nossa vida, significa que nosso espírito carnal está dominando nosso ser. Então, o Espírito de Deus se entristece, deixando-nos um vazio, e uma angústia em nossas almas e em nossos corações.
Nas continuações da presente estaremos explicando o que é exatamente cada obra da carne listada em Gálatas 5, e é necessário que você, caso queira continuar, saiba que a carne (espírito carnal, decaído) deve ser extirpada, ou vai tirá-lo da igreja mais cedo ou mais tarde...

2 - Prostituição
Já discorremos sobre a insignificância da diferenciação que fazem os cristãos sobre a existência de vários frutos ou apenas um fruto com várias partes. Discussão meramente acadêmica que não interfere na aplicabilidade do ensino bíblico, na vida da maior parte dos que freqüentam nossas igrejas.
O primeiro fruto (ou primeira parte do fruto) é a prostituição. E o sentido que comumente se atribui a palavra é como sinônimo de fornicação, isto é, a prática sexual pré-matrimonial. Isto é prostituição, sim. Mas prostituição não é somente isto.
As palavras podem ter seus sentidos alterados de acordo com o contexto em que estão inseridas. Assim, essa palavra pode adquirir outros sentidos, de acordo com o sentido que o Autor quiser lhe emprestar.
No mundo, a palavra prostituição pode ser relativo a uma troca imoral, pessoas que dão coisas para receber outras coisas, prática esta que ofende a moral e ética. Mulheres e homens que alugam seus corpos por dinheiro, bens, necessidades. Isto é uma forma de prostituição (Ex.23, II Reis 17:17) que gostaria que ficasse claro para todos quantos se dizem cristão e se ufanam como sendo "filhos de Deus".
Prostituir é vender a própria honra, a própria dignidade, é sacrificar o amor-próprio e a auto-valoração em troca de alguma outra coisa.
Nós freqüentemente somos forçados a escolher entre o que é reto aos olhos de Deus, aquilo que Deus quer e exige de nós, é aquilo que é melhor (pelo menos aparentemente) aos nossos olhos. Como ocorreu em Números 25. Para possuirem as mulheres moabitas, os hebreus adoraram os deuses estranhos, e se inclinaram diante de ídolos feitos por mãos humanas. Nesse sentido, Adão e Eva se prostituíram quando a desobedeceram a Deus para poder saborear o fruto da árvore da vida.
Abraão prostituiu-se quando mentiu para não correr o risco de ser morto por causa de sua linda mulher (Gen.12 e 20). Isaque repetiu o mesmo erro (Gen.26). Jacó mentiu para obter a benção de seu pai( Gen.27).
Ocorre a prostituição quando as pessoas da igreja se vendem para obter o que desejam ou almejam. Negam a sua fé em Cristo, jogam para fora a honestidade e a pureza de suas mãos por dinheiro, por prazer, pela fama, pela diversão.
E isto, infelizmente, é comum e rotineiro em nossas igrejas: pessoas que vendem a própria fé, a própria paz, a comunhão com o Espirito de Deus por dinheiro, por prazer e por uma qualquer outra mórbida forma de satisfação...
Simão Pedro prostituiu-se para não ser capturado e morto com Jesus, mas depois de revestido com o poder do Espirito Santo, recusou-se a prostituir por dinheiro (Atos:8). Isto é o que quero transmitir para ti, e preciso que fique claro: toda vez que alguém que se diz cristão, deliberada e espontaneamente faz qualquer coisa contrária à palavra de Deus, para ganhar algo ou não perder algo que tem, está se prostituindo.
Jesus tem que valer mais do que tudo em nossas vidas, e por ele temos que renunciar a tudo. Enquanto houver alguma coisa no mundo, neste mundo, que valha tanto ou tão mais do que Jesus, estamos sujeitos a nos prostituir para tê-lo ou não perde-lo.
Pecado não é somente uma transgressão à lei de Deus, como muitos pensam e ensinam. Pecado não é somente o que não provém de fé. Pecado é tudo o que fere, magoa e entristece o coração e o Espírito de Deus.
Toda vez que você faz alguma coisa, qualquer coisa, de forma consciente e deliberada, que venha a magoar, entristecer o coração de Deus para conseguir satisfazer uma necessidade, um desejo, um capricho, uma "inclinação da carne" (concupiscência), você estará vendendo a sua fé, sacrificando a sua comunhão e comunicação com Deus. A carne estará se manifestando e dominando a sua vida, a sua alma, o seu espírito.

3 - Impureza
As palavras não têm sentido nenhum se isoladamente colocadas. E nenhuma delas tem melhor sentido se não houver que as leia, as interprete, as entenda.
Impureza é sujeira, é escória, é o que atrapalha, é o que está destoando do conjunto. Um feijão no meio de muitos feijões não é impureza, mas um feijão no meio de um monte de arroz é sujeira, é impureza, porque não se cozinha feijão com arroz.
Assim, impureza no sentido bíblico, é relacionado ao mau-uso da sexualidade humana. E isto é uma coisa, infelizmente, comum e até normal nos dias atuais. Muitas vezes, inclusive, é incentivado nas propagandas contra as doenças sexualmente transmissíveis. "Faça o uso que quiser de seu corpo e sua sexualidade, mas não transmita e nem adquira doenças" é a tônica das campanhas. As novelas, os filmes, as leituras, as conversas das rodas de bar, são onde encontramos incentivos para tal prática que tem desastrosas conseqüências para o ser humano em família.
Os seres humanos (inclusive, talvez, eu e você) tem sido transformados em objetos, em coisas, em brinquedos sem alma, sem aspirações , sem desejos, com o único propósito de satisfazer nossos desejos e caprichos e também desejos e caprichos alheios...
Homens com olhos cheios de impureza, olham apenas seios, nádegas e coxas das mulheres que incentivam essa prática insinuando-se com roupas que mostram "porções generosas" de seus corpos.
Se por um lado tem se tornado comum que homens vejam mulheres como brinquedos sexuais, de outro mulheres tem se reduzido a tais objetos quando incentivam tais práticas.
Com a liberação sexual, a quebra de tabus, e a diminuição da repressão sexual, um fenômeno inverso tem ocorrido: homens que se sujeitam a se rebaixam também à condição de brinquedos sexuais das mulheres. Às vezes, por dinheiro, o que se classifica como prostituição. Objeto de uma mensagem desta série.
Homens e mulheres são despidos, seviciados, abusados, usados, explorados com os olhos da imaginação.
Quais as imagens que vem a tua mente quando estás deitado? Quais são os sonhos e os desejos secretos e inconfessáveis que te assaltam na tua solidão enquanto esperas o teu sono?
No secreto de teu coração, no esconderijo de tua mente, o que vês? Para o que olhas? Quais os atos que aspiras praticar? São santos? São agradáveis a Deus? São louváveis? Podem ser conhecidos e confidenciados?
É comum que se pense que se assim for é impossível ao ser humano manter-se puro. E realmente é, daí porque a bíblia diz que a salvação é impossível aos homens (Mt.19).
Quando formos dominados, subjugados, transformados pelo Espírito de Deus (Rom.12), poderemos ver as mulheres como elas são: mulheres. Mulheres com emoções, desejos, vontades, aspirações: alma, e não somente como bonecas, brinquedos, objetos, coisas. O mesmo também para as mulheres que se contaminam com a perniciosa mensagem das novelas e dos filmes mundanos. Se imaginando desfrutar de um homem a cada semana...
Nossos olhos são a janela de nossa alma. Se nosso interior for limpo, tudo o mais será limpo. Mas se nosso interior for impuro, tudo nos será impuro.
O mau-uso de nossa sexualidade só nos traz conseqüências destrutivas. Somente dor e tristeza.


"Ainda que o pecado lhe seja doce na boca, ainda que ele o esconda debaixo da sua língua, ainda que não o queira largar, antes o retenha na sua boca, contudo a sua comida se transforma nas suas entranhas; dentro dele se torna em fel de áspides." (Jó 20:12-14)


4 - Lascívia
Depois de toda a exposição acerca da impureza, não resta muito a se falar sobre a lascívia. Enquanto que a impureza se opera no plano abstrato, na imaginação, na mente, no coração e nos pensamentos, a lascívia é a prática de atos sexuais sem a pureza e a santidade colocadas na Bíblia para a consecução do "serão os dois uma só carne" (Gênesis 2:24).
O relacionamento sexual, acredito, não tem sido muito bem compreendido pelos membros de nossas igrejas. Em parte por causa de falta de preparo dos líderes das igrejas, que não tem também um conhecimento suficiente para se sentirem seguros para ministrar sobre o assunto.
O relacionamento sexual não tem fins meramente reprodutivos, como querem alguns, e não deve ser mera fonte de prazer como muitos o consideram.
O relacionamento sexual tem vários objetivos que foram instituídos pelo próprio Deus. Este é um lado da moeda. O outro é a lascívia, a escravidão sexual, a degradação, o excesso, o mau-uso da sexualidade. Isto é, se por um lado temos uma total condenação e repressão da utilização de sexualidade humana, de outro, temos um excessivo e desregrado uso, que é igualmente destrutivo e fonte de angústias e sofrimentos.
Num relacionamento sexual, os pares devem se preocupar mais com o prazer que podem proporcionar do que o prazer que querem e podem obter. A lascívia faz com que a pessoa se preocupe somente com o próprio prazer, e isto de uma forma excessiva, desregrada (sem regras, sem limites e sem medir as conseqüências...). Pessoas há que se relacionam com animais, com vários parceiros, com pessoas do mesmo sexo, usando objetos, assistindo filmes e vendo revistas pornográficas. Tudo isto é lascívia.
A lascívia é uma água que não sacia, é uma água que dá mais sede, e cada vez que as pessoas se entregam à lascívia, mais são envolvidas por ela, mais são tragadas, são viciadas, controladas, dominadas, escravizadas. É uma escada que leva as pessoas cada vez mais para baixo.
A pessoa que é dominada pela lascívia é aquela que está sempre "em busca de novas emoções", porque o que tem logo perde o gosto e a graça... E nessa busca, deixa sua humanidade para se tornar menos e pior do que os animais...
Os filmes, as novelas, as propagandas estão cheios de elementos que acalentam a lascívia, que sempre começa com um "pequeno desvio" que descamba para longe da presença de Deus...
O mundo incentiva e alardeia o mau-uso de nossa sexualidade, e, em alguns atos, dá a entender que seria uma forma de ser feliz. Mas são apenas umas flores que se colocam sobre as correntes que prendem as pessoas que se tornam escravas da lascívia...
Tem um cena de um filme do Batman (o homem-morcego), que retrata e denuncia essas correntes. Nela, o Coringa grita: o riso que vês em meus lábios apenas escondem a tristeza que carrego no meu peito (ou coisa parecida). Assim é o mundo...
A impureza é o começo da lascívia e o fim do caminho é a escuridão das trevas, a frustração, a angústia, a dor e o sofrimento.


"Ainda que o mal lhe seja doce na boca, ainda que ele o esconda debaixo da sua língua, ainda que não o queira largar, antes o retenha na sua boca, contudo a sua comida se transforma nas suas entranhas; dentro dele se torna em fel de áspides." (Jó 20:12-14)


5 - Idolatria
Há muito pouco ou quase nada a ser dito de idolatria.
Normalmente os cristãos lêem Jeremias 10 ou Salmos 115, e entendem que idolatria se reduz e se resume ao ajoelhar-se perante imagens de pedra ou madeira, e lhe dirigir orações, esperando comunicar-se com o que o ídolo representa.
O Senhor nosso Deus é soberano, é absoluto, é total, é completo. E assim Ele deve ser adorado.
Mas o ser humano é idólatra por sua natureza pecaminosa. Sente a incrível necessidade de ver, de visualizar, de ter contato com algo mais que os olhos da fé podem mostrar.
Todas as religiões do mundo antigo e moderno, à exceção do judaísmo, tem imagens representativas de seus deuses.
No cristianismo, à exceção do catolicismo, não se fazem imagens de escultura representativas de Deus.
E Deus proibiu a edificação, a construção, a elaboração de imagens representativas de sua deidade (fato de ser Deus), porque em nenhuma imagem há lugar e espaço para conter toda a sua divindade. Deus, o nosso Deus , é onipotente, onisciente e onipresente.
O outro sentido da palavra idolatria, ignorado pela maioria dos cristãos, é o que se interpõe entre o ser humano e Deus.
Deus é soberano, completo, total, absoluto. E qualquer motivo, qualquer elemento, qualquer pessoa, qualquer coisa que valha mais ou tanto quanto Deus, é idolatria.
É por isso que a Bíblia chama de idolatria a avareza: quando as pessoas esquecem- se de adorar e glorificar Deus, por causa do dinheiro...
Deus tem que valer mais do que tudo. Mais do que a tua casa, tua conta bancária, teu carro (novo ou velho), tua chácara, teu emprego, teu próprio corpo, tua vida, teus sonhos, tuas aspirações, teus projetos de vida. Deus deve valer mais do que tudo, se assim não for, há idolatria em teu coração...
São ídolos tudo que se interpõe entre você e Deus. Deus tem que vir em primeiro, e antes de tudo.
Percebe agora como temos milhares de idólatras dentro de nossas igrejas? Pessoas que preferem magoar, ofender, ferir e entristecer o coração de Deus para não perderem tempo, dinheiro, carros, o respeito ou a amizade de alguém, o prazer de ver uma novela ou um filme... Pessoas que preferem magoar e ferir o coração de Deus a passarem por perdas e humilhações... As suas casas, a sua honra, ou o amor-próprio valem mais do que Deus...
E milhares já abandonaram as igreja por causa do objeto de sua idolatria: dinheiro, posição social, homens ou mulheres, família...
Deus que vir em primeiro lugar. Se assim não for, Deus não é o primeiro, não é absoluto em tua vida, não é teu Senhor.
Oportuno colocar que há muitos que não tem consciência de que Deus não é o primeiro, o Senhor. Acreditam que realmente Deus esteja à frente de suas vidas. Há alguma coisa que vale mais do que Deus para ti? Se um dia você for colocado contra a parede, e tiver que escolher entre Deus e outra coisa, e escolher esse outra coisa (talvez a própria vida - Mt.26:69-75), esse será o objeto de tua idolatria.
Todos os dias cristãos do mundo todo trocam a fidelidade, e a comunhão com o espírito de Deus por dinheiro, por prazer, pela satisfação de uma vingança. São os ídolos que estão adorando sem o saber.
Agora você já sabe o que é idolatria. Você tem algum ídolo? Algo que valha mais do que Deus?


"Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt.6:33)


6 - Feitiçaria
O ser humano é inseguro por natureza, é fraco e medroso. Mas também é ambicioso, orgulhoso e vaidoso. Quer ser mais, e melhor do que tudo e todos. E por isso, o oculto, o proibido, o ultrapassar os limites sempre esteve presente no curso da humanidade.
A cobiça do ser humano desafia-o a conhecer o desconhecido, a pisar em solo perigoso, a brincar com forças que não pode subjugar ou controlar.
Por que vai em busca dessas coisas? Por causa da três coisas que o mundo cultua: o prazer, o poder e a fama. Querem ser ricos, bonitos e famosos. Querem ser invejados, admirados, ser comentário da sociedade. O desejo de ter poder, de ter todas as vontades satisfeitas, leva muitas pessoas a desprezarem a própria vida, e a própria liberdade. Querem se sentir fortes, intocáveis, invencíveis, invulneráveis, infalíveis, vencedores, olhar todos com soberba e arrogância.
O sucesso é objeto perseguido pela maior parte dos seres humanos. Eles acham que o sucesso é uma espécie de arco-íris, onde a felicidade estará escondida num pote de ouro. Então, os desavisados, para conseguir o sucesso que almejam para suas vidas, recorrem à feitiçaria. Não querem correr o risco de sofrer um fracasso. Não querem o risco de que alguma coisa não vá dar certo. Não querem ser objeto dos comentários maldosos de outrem, e nem querem ser vistos como fracassados. Não querem sentir a humilhação de um fracasso. Tem medo de serem objeto de chacotas e deboches. E isto não somente em grandes projetos de vida. Mas também, motivados pelo orgulho e pela arrogância, até mesmo em pequenas coisas.
Há nos seres humanos uma ponta de desejo de serem invejados, admirados, respeitados como vencedores. Ser o objeto dos comentários e dos suspiros de outrem.
Ao lado dos rituais declaradamente satânicos, há, contudo, uma outra faceta mais "soft" de feitiçaria, mais dissimulada, mais aceita e até incentivada: astrologia (horóscopo), a necromancia e a consulta dos espíritos.
Dentro do que a Bíblia chama de feitiçaria, estão todas as práticas relacionadas ao contato com os espíritos e de previsão do futuro.
Pessoas inescrupulosas, atrás de lucro fácil, enganam pessoas ingênuas falando-lhes aquilo que querem ouvir. Os que são explorados e enganados, na verdade o são pelo próprio desejo de ter as expectativas realizadas, de ter alguém que lhes diga: vai dar tudo certo, vai em frente.
Medo... o medo faz com que as pessoas ajam de forma irracional em certos casos. O medo do futuro, o medo do fracasso, o medo da dor faz com que busquem na feitiçaria alguma certeza de que o objeto de seus medos não as encontre mais à frente...
Medo... quando as pessoas são pressionadas, são colocadas em situações em que tem que escolher, que decidir sobre o que fazer, como fazer, elas tem medo. Medo de errar, de passar ou causar dor e sofrimento, de perder o que tem, ou de não conseguir o que querem. Então elas recorrem ao ocultismo, à feitiçaria para ter certeza de conseguir o sucesso em suas empreitadas.
Na vida do cristão não há sorte, não há azar. Existe a benção e a direção de Deus. Se temos medo do futuro, é porque há alguma coisa que não está de acordo com a Bíblia. Ou não estamos confiando em Deus, que pode cuidar de nós, ou estamos fazendo algo que a Bíblia condena.
Tua vida está de acordo com a Bíblia diz? Tua vida está nas mãos de Deus? Então, não temas, porque o Senhor é contigo. Nesta questão, não adianta mentir. Daí porque o Salmista pergunta para Deus se há alguma coisa contra Deus em sua vida (Salmos 139). Em caso contrário... a feitiçaria não vai poder te livrar das funestas conseqüências de teus atos, porque quem semeia ventos, colhe tempestades (Oseias 8:7).

7 - Inimizades
A convivência em sociedade nunca foi fácil e nunca será.
O comportamento humano sempre foi pautado por traições, mesquinharias, enganos, tropeços...
O ser humano é extremamente melindroso, e se ofende, e se sente ameaçado por pouca coisa, às vezes por quase nada. Algumas vezes por nada...
A já comentada insegurança da alma do ser humano, às vezes o leva a tangenciar a paranóia, fazendo-o pensar que há pessoas que querem prejudicá-las, afligi-las, machucá-las, atingi-las, roubá-las, matá-las... Assim, às vezes, uma falta de cumprimento, é suficiente para desencadear um processo que pode acarretar rompimento de relacionamentos.
Nossos olhos são a janela de nossa alma, e o que vemos depende de nosso estado de espírito, do que somos e das circunstancias em que ocorrem os fatos.
Nós filtramos, interpretamos o que vemos, e às vezes, chegamos a conclusões totalmente erradas. Construímos toda uma situação de maldade, toda uma cadeia de intrigas, toda uma fundamentação e o conluio de pessoas que se unem para nos prejudicar, nos ludibriar, que às vezes não corresponde à realidade dos fatos. Vemos intenções que somente existem na nossa imaginação.
Por que estou falando sobre isto? Porque "inimizade" é um conceito ativo, não um conceito passivo. Isto é, no mais das vezes, não são as pessoas que se declaram nossas não-amigas. Lógico que há situações em que não tem como deixarmos de reconhecer inimigas porque elas assim se declaram e praticam atos de inimizades. Mas, no mais das vezes, nós é que "sentimos" que as pessoas são ou se tornaram nossas inimigas.
Por um motivo ou outro de somenas importância, passamos a antipatizar com algumas pessoas. A acreditar que elas têm algo contra nós, e que, assim, não querem o nosso bem... ou, pelo menos, não se interessam com o nosso bem-estar.
Há que se diferenciar quem são efetivamente, nossos inimigos, e quem são aqueles que consideramos, elegemos, como nossos inimigos.
Quando as pessoas à nossa volta deliberada e intencionalmente querem nos prejudicar e fazem coisas no intuito de nos acrescentar dores e aflições, inegável que são nossas inimigas, e que por isso mesmo devemos amá-las (Mt. 6:44).
A carne opera quando, seguindo nossa essência má e egoísta, consideramos, elegemos nossos irmãos como inimigos, e procuramos nos afastar deles, deixamos de nos preocupar com elas. E chegamos até a sentir uma ponta de satisfação se eles passarem por dores e aflições.
Inimizade é obra da carne. Você tem sido amigo(a) de teus irmãos? As pessoas da igreja são tuas amigas? As pessoas da igreja tem a ti como amigo(a)?
Existem três sentimentos que podemos sentir em relação às pessoas que estão nas igrejas: amor, ódio e indiferença. De longe, é possível concluir que o sentimento mais comum e a indiferença.
Tanto faz como tanto fez se as pessoas estão na igreja ou não. Indiferença é uma forma da inimizade de que fala a Bíblia...
Temos que amar, e sermos amigos das pessoas que estão na igreja. Não importa se elas se importam conosco ou não, se nos amam ou não. Nós temos que amá-las, e ajudá-las, e nos importarmos com ela. O que foge disto não é amor.


Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Mt.22:37-39)